domingo, 17 de abril de 2011

Escrevivendo, a compulsividade da alma!


Desde criança fui amante da leitura, lia tudo, tudo mesmo, devorava outdoors, bula de remédio, nos filmes esperava até o último momento só para ler os créditos finais. O que resultou isso tudo? Anos de psicanálise!? Não! Porém, me tornei uma pessoa compulsiva pela escrita, ás vezes nem percebo, mas minhas mãos vivem manchadas de tinta da caneta, pois só penso mellhor quando escrevo. Claro que um certo dia, fui examinar as questões que me levavam a tanta paronóia, e foi preciso fazer até regressões ao útero e até para outras vidas, e para minha surpresa, não fui nenhum Descartes e nem Shakespeare, descobri que fora uma camponesa,belíssima, diga-se de passagem, e também analfabeta e manca, que apesar de suas limitações, escrevia. Cartas, anúncios, artigos, escrevia com a alma, era poeta trovadora, nascida ao sul da França, fazia da palavra seu escudo e sua lança. Paradoxos e coincidências existem! Só então, à partir daí, pude entender,que ali no fundo, depois daquela curva de dúvidas e pré-julgamentos, reside a alma, cheia de si,serena e conhecedora de nós, do eu verdadeiro. Ali, entendi que não vivo, nem sobrevivo, eu sigo compulsiva, rodeada de livros, cadernos e agendas, autêntica, atenta e pronta para criar, sigo escrevivendo, seguindo o roteiro do meu destino!

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