quinta-feira, 21 de abril de 2011

Como conjugar o verbo amar!



Amar, verbo que se conjuga de várias formas, direta, indireta, no pretérito, no futuro, porém dificilmente no infinitivo, o amar, puro e simplesmente!
A dificuldade em relacionar-se é cada vez mais presente nos dias atuais, pois vivemos num mundo onde o que é rápido e sem conteúdo nos fornece parâmetros para outras questões da vida, transpomos o mundo mercadológico, que foca no Ter, e não no Ser, e somos hipócritas em apontar defeitos alheios, porém não olhamos para dentro de nós mesmos, será que temos a coragem de aceitar o diferente, de nos doarmos sem abrirmos mão de nossas convicções?
Ou somos uma réplica da sociedade vigente, em dias em que o divórcio se faz cada vez mais presente nas famílias, e que casar virou moda, encontramos um paradoxo perfeito, casamos mais para nos divorciarmos mais, ou nos divorciamos mais para casarmos mais? Será que casar é sinônimo de felicidade? Questões que sempre foram presentes no comportamento humano, e que nos leva a pensar sobre o assunto.









Vemos a seguir as diversas formas de amar, em qual será que nos enquadramos?

• Eros, é a paixão, sentimento passageiro, que controla o ser que o vivencia, tem forte envolvimento físico e desejo sexual, acontece de repente pode terminar também de forma espontânea. Quem experimenta esse amor, busca somente um objetivo, ser correspondido pelo ser adorado, se diz que amor Eros, são os casos avassaladores, que influenciam o comportamento normal das pessoas, e as fazem agir como tolas.

• Ágape, que em grego quer dizer, generosidade, consiste em dedicar-se ao outro sem buscar a satisfação própria. A relação no amor ágape, tem como objetivo suprir as necessidades do ser amado, mesmo que em detrimento das próprias vontades e sem ser correspondido. Contenta-se com a alegria do outro, e se sente feliz por isso. Ocorre em sua grande maioria nas relações onde existem infidelidade do parceiro, porém, sublimasse o ocorrido, para que não se perca o ser amado, anulando sua própria felicidade.

• Mania, é a ligação amorosa que tem traços de obsessão e ciúmes em excesso, o indivíduo crê que não é amado em suficiente, e busca provas de amor o tempo todo, como garantia de que é correspondido.


• Ludos, a relação é passageira, sem cobranças, e pode acontecer somente uma vez o encontro entre os indivíduos, o foco está na conquista, e não no ser conquistado, não há compromissos, busca o prazer pessoal sem firmar ligações mais afetivas.

• Storge, podem iniciar à partir de uma amizade, o foco não é na atração física, valores como confiança, respeito e cumplicidade tem maior valia nessa relação amorosa.

• Pragma, amor que prioriza o lado prático das coisas, avalia-se os prós e contras antes de iniciar um relacionamento, a família, o estudo, as vivências do ser candidato a iniciar uma relação amorosa.

Dentro de um relacionamento pode-se encontrar mais de uma forma de amar trabalhando juntas, o essencial é aprender a conviver com o outro, aceitando-o, compartilhando e acima de tudo, respeitando a si mesmo e ao outro.
Angel Ilanah

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Como exercitar a mente? Atividades para o autoconhecimento!




Nunca esteve tão em alta a abordagem do assunto relacionado com a temática, mente humana. Vemos cursos, massagens , grupos de estudos, todos em busca de um só objetivo, conhecer e aprender a manipular os poderes da mente.
No decorrer dos tempos, estudos demonstraram que conhecemos pouco a capacidade que é inerente ao ser humano, e que há diversos campos de investigação a serem explorados.
A neurolinguistica, por exemplo, trabalha à partir da reprogramação de esquemas mentais, e possibilita a modificação e expansão da consciência, e o auxílio ao indivíduo na construção da ideia que se tem de mundo.
Façamos uma analogia, imaginemos uma massa de modelar, ela pode se dividida, condensada, expandida e/ou remodelada para a forma que se desejar, assim também é a mente humana, ela também pode ser alterada em sua forma, conteúdo e finalidade.
Na mente, encontramos a psiquê, quem sua constituição se dá à partir das impressões advindas do meio em que habitamos e das relações estabelecidas no decorrer da vida. Captamos sensações, conhecimentos com o auxílio dos cinco sentidos (olfato, visão, tato, audição e paladar); absorvemos “coisas” emprestadas dos outros; conceitos de certo e errado, novo e velho, bonito e feio e assim por diante, todo e qualquer pensamento, é um emaranhado de sensações já percebidas e ideias condicionadas a nossa mente; e se dá num determinado espaço (família, escola, trabalho) e tempo (infância, juventude e maturidade).
Esse empréstimo é feito ora de maneira ativa, com filtro da nossa atenção, selecionando o que devemos acreditar, ora de forma passiva, recebendo informações sem indagar a origem, o motivo e a finalidade da mesma.

• Como exercitar o autoconhecimento?
Iniciar o processo de conhecer a si mesmo, é acionar o botão de start do sistema operacional (mente humana), esse processo se dá, com o exercício de integração mental, com o auxílio de ferramentas como: auto-observação, renovação de conceitos, ajuste de pensamento-autoridade, desconstrução da realidade, dentre outros.
Iniciemos pelo exercício da auto-observação, no que consiste em fracionar o indivíduo em duas personagens, a primeira, o Ser Observador, aquele que terá sua consciência desperta, livre de pré-conceitos e memória, fará anotações e análise do segundo ser, o Ser Observado, o indivíduo em suas atividades habituais, agindo de forma passional e não atento para o que reproduz.



Esse processo em sua essência, consiste em detectar “falhas” no sistema operacional (mente humana), a fim de localizar onde e como se instalou tal pensamento-conceito, como num programa antivírus, deixando-o em quarentena, para estudo do caso, ou excluindo-o por completo, porém há a necessidade de “vacinação” periódica desse sistema, com o foco na atenção, na abstenção do inveterado hábito de memorização, pois o processo deve ser aprendido e não memorizado e por fim alcançando degraus que o conduzam à evolução consciente, o conhecer a si mesmo de maneira plena e serena.
Angel Ilanah

domingo, 17 de abril de 2011

Escrevivendo, a compulsividade da alma!


Desde criança fui amante da leitura, lia tudo, tudo mesmo, devorava outdoors, bula de remédio, nos filmes esperava até o último momento só para ler os créditos finais. O que resultou isso tudo? Anos de psicanálise!? Não! Porém, me tornei uma pessoa compulsiva pela escrita, ás vezes nem percebo, mas minhas mãos vivem manchadas de tinta da caneta, pois só penso mellhor quando escrevo. Claro que um certo dia, fui examinar as questões que me levavam a tanta paronóia, e foi preciso fazer até regressões ao útero e até para outras vidas, e para minha surpresa, não fui nenhum Descartes e nem Shakespeare, descobri que fora uma camponesa,belíssima, diga-se de passagem, e também analfabeta e manca, que apesar de suas limitações, escrevia. Cartas, anúncios, artigos, escrevia com a alma, era poeta trovadora, nascida ao sul da França, fazia da palavra seu escudo e sua lança. Paradoxos e coincidências existem! Só então, à partir daí, pude entender,que ali no fundo, depois daquela curva de dúvidas e pré-julgamentos, reside a alma, cheia de si,serena e conhecedora de nós, do eu verdadeiro. Ali, entendi que não vivo, nem sobrevivo, eu sigo compulsiva, rodeada de livros, cadernos e agendas, autêntica, atenta e pronta para criar, sigo escrevivendo, seguindo o roteiro do meu destino!

sábado, 11 de setembro de 2010


Deus, para a felicidade do homem inventou a fé e o amor. O Diabo invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento.
Machado de Assis

quinta-feira, 1 de julho de 2010


Um cão labrador treinado para detectar a queda do nível de açúcar no sangue de seres humanos vem ajudando uma menina britânica de seis anos a evitar entrar em coma por causa de diabetes.
BBC
Labrador avisa menina diabética quando taxa de açúcar se altera
A cadela Shirley é um dos dez cães treinados pela entidade beneficente Cancer & Bio-detection para alertar diabéticos quando sua condição se deteriora e mora há quatro meses com a pequena Rebecca Farrar, que tem diabetes tipo 1.
"Ela salva a minha vida", diz Rebecca, que é a primeira criança a receber um cachorro para detectar sua doença. "Ela é minha melhor amiga."
Shirley é capaz de sentir uma mudança de odor exalado pelo corpo de Rebecca quando sua taxa de açúcar cai ou sobe a níveis alarmantes.
O cheiro não é detectado por seres humanos e é um sinal emitido pelo corpo antes de outros mais aparentes, como palidez.
Ela então começa a lamber os braços e as pernas da menina para alertá-la. Desta forma, a menina ou sua mãe têm condições de tomar providências para evitar um colapso.
Alerta precioso
"Shirley percebe (a queda no nível de açúcar) bem rapidamente e começa a lamber as mãos e pernas de Rebecca até ela tomar uma Coca-cola ou ingerir açúcar, que elevam seus níveis de açúcar novamente. Quando a taxa está muito alta, Shirley também sente e dá o alerta", explica a mãe de Rebecca, Claire.
A mãe lembra de um episódio em que ninguém percebeu que a taxa de açúcar de Rebecca estava caindo até Shirley dar o precioso alerta.
"Nós não tínhamos ideia de que ela estava com a taxa de açúcar baixa. Ela estava dançando em um clube com seu irmão-gêmeo, Joseph, e quando os dois voltaram à mesa para tomar algo, Shirley começou a lamber as mãos de Rebecca. O kit de primeiros-socorros estava embaixo da mesa e Shirley foi até lá e pegou um exame de nível de açúcar", conta Claire.
"Ela deu o exame a Rebecca e começamos a desconfiar que tinha algo de errado. Fizemos o teste, e o nível estava bem baixo. Se eu não tivesse Shirley, Rebecca teria entrado em colapso. E quando isso ocorre, ela entra em um sono tão profundo que se tentamos colocar açúcar em sua boca, ela engasga."
A presença de Shirley na casa também tornou a vida de toda família mais fácil.
"Ela tinha um colapso a cada dois dias. Às vezes eu a socorria apenas pouco antes de ela entrar em um colapso muito sério, outras vezes eu tinha de chamar a ambulância", conta Claire.
"Mas agora temos Shirley e ela detecta a queda no nível de açúcar antes de Rebecca perceber o problema."
Claire conta que também consegue ter noites de sono mais tranquilas, sem medo de a filha ter algum problema durante a noite, como ocorria antes de Shirley dormir ao lado da cama de Rebecca.
A entidade beneficente que deu Shirley à família treina cachorros para detectar todo tipo de doença, incluindo câncer.
"O que nós descobrimos nos últimos cinco anos é que cães são capazes de detectar doenças humanas pelo odor. Quando a nossa saúde altera, temos uma pequena alteração no odor do corpo. Para nós é uma mudança mínima, mas para o cachorro é fácil de notar", diz ClaireGuest, da organização Cancer & Bio-detection.

sábado, 26 de junho de 2010

Copa do mundo 2010

Sabemos que há muitas mulheres que sabem do assunto, futebol, entendem as regras, tática de jogo, lance, ângulo e todos os pormenores do esporte, porém há aquelas que param para ver somente a rivalidade Brasil X Argentina, ou Brasil X Itália, impossível perder um jogo desses, mesmo que você se pergunte quem é o moço de roupa preta, que falta de cor no visual desse cidadão, ou quando no meio de um tiro de meta, você pergunta: que diabos é isso? Tirando as totalmente por fora e as que não suportam a paixão nacional, é de se perguntar o motivo de haver tantas mulheres vidradas na tela, eu lhe respondo, há lances que só nós mulheres percebemos estão lá no meio daquela correria desenfreada, da torcida enlouquecida é só prestar atenção, como tem homem bonito no mundo de todas as nacionalidades, copa do mundo deveria ser classificada como CFF copa fashion futebol.
Preste atenção quando for assistir ao próximo evento mundial, o melhor de tudo é que será aqui na nossa casa, já pensou que vista nós teremosm, heim!














terça-feira, 22 de junho de 2010

Igreja de ossos humanos



A Capela dos Ossos está localizada em Évora, em Portugal, dentro da Igreja de São Francisco.
Sua construção foi no século XVII por iniciativa de três monges que queriam passar a mensagem de efemeridade da vida, em sua entrada há uma frase que nós remete a introspecção e ao real sentido da vida: "Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos".
A capela, construída no local do primitivo dormitório fradesco é formada por 3 naves de 18,70m de comprimento e 11m de largura, entrando a luz por três pequenas frestas do lado esquerdo.

As suas paredes e os oito pilares estão "decorados" com ossos e caveiras ligados por cimento pardo. As abóbadas são de tijolo rebocado a branco, pintadas com motivos alegóricos à morte. É um monumento de uma arquitectura penitencial de arcarias ornamentadas com filas de caveiras, cornijas e naves brancas.





















segunda-feira, 21 de junho de 2010

CQC babacas


.....GOstO MuuTchhO DessEs BaBaCaAS...


Homens e a violência contra a mulher
A violência é muitas vezes considerada como uma manifestação tipicamente masculina, uma espécie de “instrumento para a resolução de conflitos”.
Os papéis ensinados desde a infância fazem com que meninos e meninas aprendam a lidar com a emoção de maneira diversa. Os meninos são ensinados a reprimir as manifestações de algumas formas de emoção, como amor, afeto e amizade, e estimulados a exprimir outras, como raiva, agressividade e ciúmes. Essas manifestações são tão aceitas que muitas vezes acabam representando uma licença para atos violentos.
Existem pesquisas que procuram explicar a relação entre masculinidade e violência através da biologia e da genética. Além da constituição física mais forte que a das mulheres, atribui-se a uma mutação genética a capacidade de manifestar extremos de brutalidade e até sadismo.
Outros estudos mostraram que, para alguns homens, ser cruel é sinônimo de virilidade, força, poder e status. “Para alguns, a prática de atos cruéis é a única forma de se impor como homem”, afirma a antropóloga Alba Zaluar, do Núcleo de Pesquisa das Violências na Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Saiba mais sobre masculinidades e violência acessando os sites do Instituto Promundo, Instituto Noos e Instituto Papai.
FONTE

segunda-feira, 10 de maio de 2010

DICA DE FILME...daqueles esquisitos e que nos fazem pensar....

cinema cubano de excelente categoria....


La Vida es Silbar

Sinopse: La Vida es Silbar, do cubano Fernando Pérez, um dos diretores mais importantes da geração de 1990 do cinema latino-americano.
La Vida es Silbar (A vida é Assobiar) foi rodado em Havana e é uma produção do Instituto Cubano de Arte e Industria Cinematográfico (ICAIC). Narra a história de três pessoas que não são felizes e se dividem entre o amor, o ódio, promessas, verdade e prejuízo.
Três personagens dos dias atuais devem escolher entre manter suas crenças e tradições ou libertarem-se delas para viver uma vida mais livre. A bailarina Mariana prometeu a Deus se manter celibatária caso ela consiga o papel numa apresentação. Julia é uma trabalhadora que sempre desmaia ao ouvir uma palavra em especial. E o percussionista Elpídio foi abandonado pela mãe, coincidentemente chamada Cuba.
Único longa-metragem de ficção produzido em Cuba em 1998, o filme acumulou prêmios por todo o mundo, entre eles o prêmio Goya, promovido pela Academia de Cinema Espanhol.
La Vida es Silbar é mais um filme da série Cine Ibermedia, que reúne obras de países da América Latina, Espanha e Portugal. Os longas estão sendo exibidos simultâneamente nos canais de televisão pública dos 17 países envolvidos no projeto.
Os longas da série Ibermedia estão sendo exibidos simultaneamente nos canais de televisão pública dos 17 países envolvidos no projeto.

Origem: Cuba
Ano: 1998
Gênero: Ficção
Duração: 106 min
Elenco: Luis Alberto García, Isabel Santos, Coralia Veloz, Rolando Brito, Claudia Rojas
Roteiro: Eduardo del Liano, Humberto Jiménez e Fernando Pérez
Direção: Fernando Pérez


Vale a pena conferir....

sábado, 14 de novembro de 2009

Cheia de mim!


Hoje estou cheia de mim, farta mesmo!

Ou melhor... Hoje estou cheia de mim, transbordo-me!......
Angel Ilanah
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.... dias sim , dias não, vou sobrevivendo sem um arranhão... da caridade de quem me detesta......

terça-feira, 23 de junho de 2009

Escola do Futuro

A escola: fragmento do futuro

"Pediram-me para contar os meus desejos..
Que eu dissesse quais são os meus sonhos para a escola do meu filho...
Os antigos acreditavam que as palavras eram seres encantados, taças mágicas, transbordantes de poder. Os jovens também sabiam disto e pediam:
"- A sua benção, meu pai..."
Benção, bendição, bendizer, bem-dizer, benzer, dizer bem...
A palavra, dita com desejo, não ficaria vazia: era como sêmen, semente que faria brotar, naquele por ela penetrado, o desejo bom por ela invocado.
E o pai respondia:
"- Meus desejos são poucos e pobres. Te desejo tanto bem que não basta o meu bem-dizer. Por isto, que Deus te abençoe. Que seja ele aquele que diga todo o bem com todo o poder...
E então, pelo milagre da fantasia, tudo se tornava possível. As palavras surgiram como cristais de poesia, magia, neurose, utopia, oração, fruição pura de desejo.
É isto que acontece sempre que o desejo fala e diz o seu mundo.
Viramos bruxos e feiticeiros e a nossa fala constrói objetos mágicos, expressões simples de amor, nostalgia por coisas belas e boas, onde moram os risos...
É só isto que desejo fazer: saltar sobre os limites que separam o possível existente do utópico desejado, que ainda não nasceu.
Dizer o nome das coisas que não são, para quebrar o feitiço, daquelas que são...
Seus rostos diziam que eram crianças excepcionais. O ano do deficiente as trouxera à nossa contemplação doméstica, até que se voltavam para o telespectador, com a sua mensagem:
"- Esperamos que, no final de tudo isto, estas crianças possam ser úteis à sociedade."
Nunca ouvi ninguém que dissesse:
"- O que a gente deseja mesmo é que as crianças estejam se divertindo e possam vir a ser um pouquinho felizes..."
Talvez pensassem, mas não podiam dizer por medo. Perderiam os empregos. Todos sabem que o objetivo da educação é executar a terrível transformação: fazer com que as crianças se esqueçam do desejo de prazer que mora nos seus corpos selvagens, para transformá-las em patos domesticados, que bamboleiam ao ritmo da utilidade social.
Filosofia silenciosa: cada criança é um meio para esta coisa grande que é a sociedade.
Mas, e a alegria e o prazer? Aqueles corpos não tem direitos? Não haverá neles uma exigência de felicidade?
Pais de outros filhos fazem perguntas mais sutis:
"- Que é que você vais ser quando crescer?"
No fundo, a mesma coisa. Agora, você nada é. Será, depois de passar pela escola. Como na história do Pinóquio, suponhamos que a criança, ignorando a armadilha, responda simplesmente:
"-Quando crescer quero ter muito tempo para olhar as nuvens."
"-Quando crescer desejo poder empinar pipas, como faço agora."
"-Quando crescer quero continuar a ser meio criança, porque os adultos me parecem feios e infelizes.".
Sorriremos, compreensivos.
"-Não é bem isto, filho. Você vai ser médico, engenheiro, dentista?..."
De novo, a pergunta sobre utilidade social.
Não é para isto que se organizam escolas, para que as crianças se esqueçam dos seus próprios corpos, e aprendam o mundo que os adultos lhes impõem?
Lembro-me do lamento de Bergson: "Que infância teríamos tido, se nos tivessem permitido viver como desejávamos..."
E lembro-me também da "tolice" evangélica, que ninguém leva a sério:
"-O Reino de Deus? É necessário que nos tornemos criança primeiro..."
Crianças, aqueles que brincam.
Brinquedo: inutilidade absoluta. Zero de produtividade. Ao seu final, tudo continua como dantes: nenhuma mercadoria, nenhum lucro. Por que então? Prazer, puro prazer.
Diz o poema hebreu da criação que Deus, depois de seis dias de trabalho, parou suas mãos e se deteve extasiado, na pura contemplação daquilo que havia criado. E dizia:
"- Como é belo..."
Arte e brinquedo tem isto em comum, não são meios para fins mais importantes, mas puros horizontes utópicos em que se inspira toda a canseira do trabalho, suspiro da criatura oprimida que desejaria ser transformada em brinquedo e em beleza.
Bem posso sentir interrogações graves que se levantam sobre sobrancelhas políticas que prefeririam que eu falasse sobre coisas mais sérias. Mas, que posso fazer? Meu demônio é o espírito de gravidade e acho que a política começa melhor no riso do que na azia.. Afinal de contas, não é por isto que se realizam todas as revoluções? Que coisas mais importantes haverá que o brinquedo e a beleza? A justiça e a fraternidade, não são elas mesmas nada mais que condições para que os homens se tornem crianças e artistas?
Não basta que os pobres tenham pão. É necessário que o pão seja comido com alegria, nos jardins. Não basta que as portas da prisões sejam abertas. É necessário que haja música nas ruas. Política, no final das contas, não será simplesmente isto, a arte da jardinagem transplantada para as coisas sociais? Examino os nossos currículos e os vejo cheios de lições sobre o poder. Leio-os novamente e encontro-os vazios de lições sobre o amor. E toda a sociedade que sabe muito sobre o poder e pouco sobre o amor, das coisas belas e das coisas boas, para que o corpo se levante e se disponha a lutar. Porque o corpo não luta pela verdade pura, mas está sempre pronto a viver e a morrer pelas coisas que ele ama. Na sabedoria do corpo, a verdade é apenas um instrumento e brinquedo do desejo...
E é isto que eu desejo, que se re-instale na escola a linguagem do amor, para que as crianças redescubram a alegria de viver que nós mesmo já perdemos.
Cada dia um fim em si mesmo. Ele não está ali por causa do amanhã. Não está ali como elo na linha de montagem que transformará crianças em adultos úteis e produtivos. É isto que exige o capitalismo: o permanente adiamento do prazer, em benefício do capital. Eu me lembro do Admirável mundo novo em que todos os prazeres gratuitos foram proibidos, em benefício do progresso, e de 1984, em que a descoberta do corpo e do seu prazer se constituíram numa experiência de subversão...
Que a aprendizagem seja uma extensão progressiva do corpo, que vai crescendo, inchando, não apenas em seu poder de compreender e de conviver com a natureza, mas em sua capacidade para sentir o prazer, o prazer da contemplação da natureza, o fascínio perante os céus estrelados, a sensibilidade tátil ante as coisas que nos tocam, o prazer da fala, o prazer das histórias e das fantasias, o prazer da comida, da música, do fazer nada, do riso, da piada...Afinal de contas, nem é para isto que vivemos, o puro prazer de estarmos vivos?
Acham que tal proposta é irresponsável? Mas eu creio que só aprendemos aquelas coisas que nos dão prazer. Fala-se no fracaso absoluto da educação brasileira, os moços não aprendem coisa alguma... O corpo, quando algo indigesto pára no estômago, vale-se de uma contração saudável? vomita. A forma que tem a cabeça de preservar a sua saúde, quando o desagradável é despejado lá dentro, não deixa de ser um vômito: o esquecimento. A recusa em aprender é uma demonstração de inteligência. O fracasso da educação é, assim, uma evidência de saúde e um protesto: a comida está deteriorada, não está cheirando bem, o gosto está esquisito...
E creio mais que é só de prazer que surge a disciplina e a vontade de aprender. É jsutamente quando o prazer está ausente que a ameaça se torna necessária.
E eu gostaria, então, que os nosso currículos fossem parecidos com a " Banda", que faz todo mundo marchar sem mandar, simplesmente por falar as coisas de amor. Ma onde, nos nosso currículos, estão estas coisas de amor? Gostaria que eles se organizassem nas linhas do prazer: que falassem das coisas belas, que ensinassem física com as estrelas, pipas, os piões e as bolinha de gude, a química com a culinária, a biologia com as hortas e os aquários, política com o jogo de xadrez, que houvesse a história cômica dos heróis, as crônicas dos erros dos cientistas, e que o prazer e suas técnicas fossem objeto de muita meditação e experimentação... Enquando a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos fragmentos de futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as crianças aprendam que o mundo pode ser diferente: que a escola,ela mesma, seja um fragmento de futuro...
Sobretudo, que das nossas escolas se retire a sombra sinistra dos vestibulares. Digo-lhes que pouco me importo com tais exames como artifícios para escolher os poucos que entrarão e os muitos que ficarão de fora. Preocupa-me, antes, o terror que eles lançam sobre as crianças, antes que elas mesmas deles tenham conhecimento. Elas não sabem, mas os pais já procuram os colégios que apertam mais - é preciso preparar para o vestibular - e as crianças perdem a alegria de viver, a alegria de estudar. Porque a alegria do estudo está na pura gratuidade, estudar como quem brinca, estudar como quem ouve música... Mas, uma vez instaurado o terror, já não haverá tempo para a poesia, por amor a ela; e nem para a curiosidade histórica, por pura curiosidade; e nem para a meditação ociosa, coisa que faz parte do prazer de viver. Nossas melhores inteligências estão sendo arruinadas por esta catástrofe que, sozinha, tem mais influência sobre nosso sistema educacional do que tods as nossas leis juntas. Melhor seria que se fizesse um sorteio...
E eu gostaria, por fim, que nas escolas se ensinasse o horror absoluto à violência e às armas de qualquer tipo. Quem sabe algum dia teremos uma Escola Superior de Paz, que se encarregará de falar sobre o horror das espadas e a beleza dos arados, a dor das lanças e o prazer das tesouras de podar. Que as criança aprendessem também sobre a natureza que está sendo destruída pelo lucro, e as lições do dinossauro que foi destruído por causa do projeto de crescimento, enquanto as lagartixa sobreviveram... É certo que os mais aptos sobreviverão mas não sugere que os mais gordos sejam os mais aptos. E que houvesse lugar para que elas soubessem das lágrimas e da fome e que o seu projeto de alegria incluísse a todos... Que houvess compaixão e esperança...
E aqui está, minha filha, o meu bem -dizer, minha bendição, meu melhor desejo: que você seja, com todas as crianças, da alegria sempre uma aprendiz, para citar o Chico, e que a escola seja este espaço onde se servem às nossas crianças os aperitivos do futuro, em direção ao qual os nossos corpos se inclinam e os nossos sonhos voam...


Revista Educação Municipal, São Paulo, Cortez , ano I, nº 1, julho de 1988

terça-feira, 2 de junho de 2009




PIRÂMIDES DA CHINA
Na região central da China, cerca de 100 pirâmides guardam seu mistério.
Cem pirâmides foram construídas na região central da China, denominada Qin Chuan, não se sabe ainda as teria construído. Inscrições achadas pelas redondezas, com idade 5.000 anos, citam que foram erguidas em honra de antigos imperadores, que se auto-denominavam "filhos do céu, que aterrizaram à Terra em dragões fumegantes metálicos ". Dezenas destas construções encontram-se em péssimo estado de conservação, a depredação por moradores da da área é uma constante.
Regime do governo chinês não permite que se pesquise alguma coisa e sob algum pretexto não permite a entrada de especialistas e estudiosos assim como também nada de escavações. Por outro lado, o mesmo governo colocou pinheiros sobre as pirâmides, talvez com intenção de esconder ou quem sabe se referir a estas construções como montanhas de argila ou barro.



Com tamanhos que variam entre 33 a 125 metros de altura. A maior é conhecida como a Grande Pirâmide Branca, situada ao vale de Qin Lin. Há instalações militares aeronáuticas nas proximidades desta pirâmide e é proibido o acesso ás proximidades.
Praticamente há uma semelhança inexplicável entre as pirâmides encontrada no território chinês com as encontradas na América Central e do Sul, México e Guatemala, o que faz com que pensemos seriamente na possibilidade de uma ligação significativa entre estes povos.


fonte:Geocities