sábado, 8 de março de 2008

______________Mulher de alma lavada!



Não concordo com datas comemorativas, pois são fruto da mentalidade capitalista, onde vê em tudo, o lucro.
... dia internacional da mulher?! humm e daí, adotou-se essa data devido ao fato ocorrido numa fábrica onde mulheres foram queimadas devido a um incêndio criminoso em NY.
agora eu pergunto? Determinou-se essa data, porque o ocorrido foi nos EUA???
E as diversas mulheres que são torturadas, apedrejadas até a morte no Oriente, passam fome com seus filhos na Africa, ou até mesmo aqui no Brasil, pertinho de nós que morrem a mingua, aguardando uma doação de fubá para fazerem o seu mingauzinho básico, que as deixarão em pé por mais algumas horas? Sei não, tudo me cheira a hipocrisia.
Acredito numa continuidade, sem grandes alardes ou festejos, vivemos diversos tipos de discriminação, e como sanar esse buraco na humanidade, essa falta de respeito com o próximo?!
Ah sim, olhemos no calendário, será que aqui cabe um diazinho aí do Idoso, ou do Deficiente Visual ou quem sabe da Mulher, do Negro, que bom que temos 365 dias, pra deitar e rolar, e podemos por bastante cimento nesse rombo que a sociedade desvia e finge que não vê!!!!







CORAL DAS LAVADEIRAS DE ALMENARA


Primeira formação do Coral:
1991/1992
As lavadeiras do Vale do Jequitinhonha, região situada à nordeste do Estado de Minas Gerais, são guardiãs de antigas canções – batuques, sambas, afoxés, frevos, rodas, modinhas e toadas – cuja origem já se perdeu na memória do tempo.

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São cânticos de trabalho, lúdicos e de louvação, de influência africana, indígena e portuguesa.
Eles revelam a mistura étnica que originou a rica música popular brasileira. A história do Coral das Lavadeiras começou em 1991, a partir da construção de uma lavanderia comunitária no Bairro São Pedro, em Almenara, pelo ex-prefeito Roberto Magno. Incentivadas pelo cantor e pesquisador cultural Carlos Farias, elas passaram a cantar em grupo e criaram a ASLA – Associação Comunitária das Lavadeiras de Almenara, reunindo mais de cinqüenta mulheres.
O trabalho teve logo uma ótima repercussão e elas começaram a participar de festivais na região e em outras cidades do Brasil.

Com a volta do compositor Carlos Farias a Belo Horizonte, em 1994, para cuidar da sua carreira musical, o coral passou a ser coordenado por Tânia Grace Almeida, que permaneceu com o grupo até 1998. Em outubro de 1999 as lavadeiras tiveram a primeira experência em estúdio, ao participarem da gravação de um CD coletivo, em Teófilo Otoni, juntamente com outros grupos culturais do Vale do Jequitinhonha. Esse disco chama-se "Por Cima das Aroeiras" e ficou pronto no ano 2000. Em 2002, com o lançamento do CD-Livro “Batukim Brasileiro – O Canto das Lavadeiras”, terceiro álbum de Carlos Farias, reunindo uma parte do repertório pesquisado, a música das lavadeiras cruzou as fronteiras do país e chegou à Europa. No período de 07 a 17 de março o coral participou do 3º FACR- Festival de Arte, Criatividade e Recreação, realizado na Ilha da Madeira, em Portugal. A apresentação do concerto “O Canto das Lavadeiras”, com Carlos Farias e banda de apoio, causou grande impacto no público e na mídia local.Em 2003 o grupo fez várias apresentações pelo Brasil, com o patrocínio da Telemar, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, lotando todos os teatros e espaços onde se apresentou. O emocionante espetáculo misturou elementos do teatro, dança, música e contação de histórias. Em 2004 e 2005, além de participarem da Conexão Telemig Celular de Música, as lavadeiras e Carlos Farias iniciam a gravação de “AQUA – A Música das Lavadeiras do Jequitinhonha”, contando, novamente, com o patrocínio do Grupo Mod-Line. Este CD-livro ficou pronto em 2005 e resgatou outras canções de domínio público, numa edição primorosa, enriquecendo ainda mais o patrimônio musical brasileiro.




Em 2006 o grupo seguiu encantando o país com o espetáculo “Batendo Roupa, Cantando a Vida”, projeto que incluiu, ainda, a palestra/oficina “Conversa de Lavadeira” e a cerimônia de “bênção das águas”. A arte das lavadeiras-cantoras do Rio Jequitinhonha vem despertando o interesse crescente do público, da imprensa e da crítica especializada. Várias reportagens foram divulgadas nos principais veículos de informação do país, com destaque para os programas Jornal Hoje (14/06/01) Mais Você (02/02/05) e Fantástico (05/02/06), todas da Rede Globo. Elas são um exemplo bem sucedido de inclusão social, através da arte.Atualmente, cerca de trinta e nove mulheres ganham o seu sustento lavando roupas na lavanderia comunitária, em Almenara. Uma dezena delas participa do coral, que vem sendo considerado parte integrante do patrimônio cultural imaterial dessa instigante região de Minas.

Mais informações:http://www.coraldaslavadeiras.com.br/website/


9 comentários:

reflexões disse...

Parabéns pela divulgação.Muito interessante...

Anônimo disse...

Muito bom seu questionamento. Será que a comemoração do dia da mulher só aconteceru por que as operárias eram norte-americanas?



Gostei muito do video do coral das lavadeiras.


visite-me também escrevi um texto sobre a mulher


http://yeda-nunes.blogspot.com/

&




http://recantodeyeda.blogspot.com/

O Amor disse...

O problema dessas datas específicas é que fica tudo muito restrito e ligado, geralmente, a consumo, fazendo também parecer que, no restante do ano, o tema volte ao esquecimento. Dia da mulher é todo dia, assim como todo dia também é dia do trabalhador, dos país, das mães etc.

As mulheres, em quase todo o mundo, e especialmente no Brasil, ainda vivem em condições de franca desvantagem, subjagadas a um paternalismo injusto e cruel.

Gostei do seu blog. Voltarei para ler mais.

Grande abraço!


André L. Soares
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Anônimo disse...

Na verdade ainda existem duvidas se essa historia da fabrica de fato existiu e eu acho que o dia Internacional da mulher vem antes disso. Mas de fato a questao da mulher, assim como qualquer tipo de fundamentalismo deve ser banido todos os dias de nossa existencia. Uma luta diaria e nao apenas por um dia.

Mas mobilizacoes sao feitas em um dia ou varios dias de um ano. Afinal, ninguem aguentaria organizar passeatas e coletivas todos os dias do ano nao eh mesmo ?

Um abraco,
Lys

Anônimo disse...

Para completar, lindo esse coral ! Como voce mesmo disse, um bela inclusao social !
Lys

Anônimo disse...

Olha, concordo inteiramente com você!

Datas como "Dia da Mulher" ( tem internacional e nacional), "Dia da Consciência Negra", "Dia do Índio" (que??? Dia de quem????), "Dia do Meio Ambiente" são temas que não deveriam ter "um dia específico" para que as pessoas pudessem lembrar destas questões, e sim que tais temas fossem permanentes nas escolas, nas discussões, no dia-a-dia da sociedade.

O que será que só parabenizamos as mulheres neste dia? Ou a consciência negra só acontece lá no final de Novembro? E o meio-ambiente, só é lembrado em Junho?

Já o índio, coitado...dizimado e ninguém nem liga sequer para a data.

E o coral é bacana. Lembrou alguns do recôncavo baiano. Essas tradições passadas de geração em geração ainda resistem às mudanças impostas. Muito bom!

Anônimo disse...

O Dia da Mulher não foi instituído porque as mulheres eram norte-americanas. É que o primeiro país a comemorar a data foi os EUA; justamente pelo fato ocorrido. Só então, após vários anos a data foi internacionalizada.

Esse coro é excelente, bla divulgação.

Anônimo disse...

Oi,
gOstei demais d assistir o coral das lavadeiras de almara.óTIMO DICA.
Até breve.Simone.
Meu blog é simlima.blogspot.com

Scliar disse...

De lavar a alma! Fiquei emocionada com o coral. Se não fosse por tudo que ja aprendi durante as minhas andanças virtuais durante esta blogagem, seo por isto já valeria. Quanto ao crítica ao dia, ha controvérsias... Acho que o objetivo é funcionar como um catalizador - claro que a questão da apropriaçao da idéia pela industria do consumo existe. Afinal, até o conceito de anti-consumo foi incorporado pelo consumismo! Bzus, boa semana. Ethel SC